terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Existe artesanato baiano na Bahia? Sim, existe! O Iphan achou!

Vamos seguir com a polêmica. Depois da divulgação, pelo Correio, de que dois dos principais pontos turísticos de Salvador - Mercado Modelo e Centro Histórico - importam artesanato de fora da Bahia para venda a turistas e baianos, vamos continuar procurando onde, na Bahia, há produtos bonitos e de boa qualidade. O pessoal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) achou, no semiárido baiano, a arte das bolsas, cestos, caixas e outos trançados. A exposição será inaugurada nesta quinta-feira, 21, no Rio de Janeiro. Leiam a matéria do portal do Iphan a seguir...
 
As belezas artísticas produzidas com fibras de sisal, ariri, caroá e pindoba poderão ser apreciadas na mostra Traçar, tecer: Valente, Araci e São Domingo. Localizados no semiárido, no nordeste da Bahia, esses três municípios fazem parte da região do sisal e destacam-se na produção do artesanato, atividade secular feminina de trançar e tecer fibras da caatinga.

A exposição promovida pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) será inaugurada na próxima quinta-feira (21) na Sala do Artista Popular do Centro onde também serão vendidos bolsas, cestos, caixas, entre outros. As artesãs dos municípios de Valente e São Domingos trabalham com o sisal e também com a palha da pindoba. Já em Araci, a tradição consiste no trabalho com o caroá, uma espécie de bromélia encontrada na caatinga, do qual é extraída uma fibra áspera e dura.

Da variedade de produtos feitos pelas artesãs que trabalham com o sisal, somente o trançado utiliza a fibra como matéria-prima, os demais produtos – das técnicas de tricô, tear, e macramê – são feitos com o fio, que é comprado já colorido. Desse modo, tapetes, capachos, bolsas, carteiras e cintos são feitos com o fio, e os produtos utilitários, cestas, descansos de panela, jogos americanos, porta-joias e caixas são feitos com a fibra.

Valente é considerada a capital do sisal, onde, além da Apaeb – Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira, responsável pelo beneficiamento da fibra e pela produção de fios e tapetes para exportação, encontra-se a sede da Cooperativa Regional de Artesãs Fibras do Sertão – Cooperafis, que trabalha com 64 artesãs nos três municípios.

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