quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Seminário vai debater a farinha na culinária brasileira


Um evento bem interessante vai acontecer no Senac Pelourinho, localizado no Centro Histórico de Salvador, este mês, principalmente para quem gosta de alimentos à base de farinha. Quem não aprecia uma boa farofa? E o pirão de leite? Pois durante o evento haverá oportunidade de aprender diversas formas de preparar estas e outras iguarias. Trata-se do Seminário do Museu da Gastronomia da Bahia, realizado uma vez por ano e que na sua sexta edição terá a farinha de mandioca como elemento principal.

De acordo com o Senac, o seminário anual propõe a valorização da culinária local e suas matérias-primas, além da discussão da culinária como um patrimônio imaterial da cultura brasileira. As edições anteriores já debateram a relação entre a gastronomia e as identidades culturais (2007), o dendê e a cultura baiana (2008), a doçaria tradicional brasileira (2009), as rotas gastronômicas, o turismo e alimentação (2010) e as receitas tradicionais da Bahia (2011).Ainda de acordo com o Senac, Culinaristas, nutricionistas, historiadores, turismólogos e demais interessados em gastronomia e cultura poderão participar.


Com a curadoria do antropólogo e museólogo Raul Lody, o seminário será realizado entre os dias 21 e 24 de agosto. A programação inclui palestras e oficinas que pretendem debater o valor patrimonial e gastronômico da farinha de mandioca, além de ensinar receitas tradicionais à base do ingrediente. As inscrições custam R$ 40 e podem ser feitas nas unidades do Senac no Pelourinho, Aquidabã, Casa do Comércio e Pituba. As vagas são limitadas.

O Museu da Gastronomia Baiana existe desde 2006. O antropólogo e museólogo Raul Lody foi um dos idealizadores do projeto do museu junto com o Senac. Lody representa, no Brasil, a International Commission on the Anthropology of Food (ICAF) e também é criador e coordenador do Grupo de Antropologia da Alimentação Brasileira da Fundação Gilberto Freyre. Autor de inúmeras pesquisas sobre tecnologias tradicionais e comida, Lody coordenou para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o Projeto de Registro Patrimonial Imaterial dos Ofícios das Baianas de Acarajé.

Em tempo: o seminário vai explorar as receitas à base de farinha de mandioca de vários estados brasileiros, já que é um alimento bastante consumido em todo o Brasil, em misturas com ingredientes europeus, orientais e africanos ou em pratos típicos de todas as regiões. A programação reserva o dia 21 de agosto para as conferências, enquanto que nos dias 23 e 24 acontecem as oficinas de receitas de alguns pratos como pirão de leite com queijo coalho e paçoca de carne seca. Bom apetite!

Serviço
O quê: VI Seminário do Museu da Gastronomia Baiana
Quando: 21, 23 e 24 de agosto
Local: Senac Pelourinho
Inscrições: R$ 40

Programação
21 de agosto: conferências "Farinha Boa", com o professor Joselito da Silva Motta; "Farinha no Prato", com o professor Odilon Castro; "Farinha na Gastronomia Brasileira", com o professor. Asdrubal Vieira Senra. Painel com alunos de gastronomia e nutrição. "Qualidade, identidade e notoriedade da farinha de mandioca de Nazaré das Farinhas: uma contribuição a indicação geográfica", com a professora Janice Izabel Druzian, e "Salve a Casa de Farinha", com Fernanda Cabrine e Marcelo Terça-Nada (líderes do Slow Food em Salvador).
23 e 24 de agosto de agosto: Oficinas Farofa de Sabiá, Pirão de leite com queijo coalho, Paçoca de carne seca, Paçoca da Vovó, Pirão praieiro (com caldo de peixe) e farofa Oswaldo Aranha.

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